sábado, 27 de março de 2010

Elza Santíago uma mulher empoderada

















Foto: Núcleo de Estudos e Ação Socio-comportamental Empreendedor
  
"Estamos aqui falando neste 5° fórum mundial das cidades seguras para as mulheres, eu moro na favela e estamos sem luz desde dezembro do ano passado, isso é uma cidade segura para nós mulheres? Não podemos caminhar pelas ruas, os alimentos estragam e passamos fome, mais só sabe de fome e miséria quem já passou, estamos aqui falando de mulheres pobres... um discurso em vão, o que vamos a levar aqui de concreto? Eu não sou doutora mais entendo de fome, cadê as mulheres negras e faveladas?, nós mulheres só queremos viver com dignidade, esta na hora da gente tomar consciência e fazer coisas concretas..”

Elza Santiago do grupo Bordadeiras da Coroa de Santa Teresa discursando com representantes de organismos internacionais no 5° Fórum Mundial o dia 25 de março. Em dezembro de 2009 no contexto da comemoração dos 20 anos de atuação do SER MULHER junto com Fernanda Escurra do Ser Mulher realizamos em Nova Friburgo a oficina “Formação política na perspectiva feminista”, lá estavam Elza, Marinalva, Rita e outras tantas mulheres falando de participação, de feminismo, de movimentos de mulheres, de política. Mulheres falando do seu sentir e viver, mulheres empoderadas e empoderando-se. (o destaque é meu e valida outra reflexão: mulher e poder).

Empoderamento: algumas reflexões

É o processo pelo qual as pessoas, as organizações e comunidades tomam consciência e controle da sua própria vida, o termo EMPODERAMENTO FEMENINO começou a ser usado pelos movimentos de mulheres nos anos setenta, como processo que é, as mulheres tornam-se empoderadas através da tomada de decisões individuais e coletivas, estas decisões fazem parte das mudanças individuais fundamentadas na construção de uma auto-imagem positiva e autoestima.

A mulher empoderada desenvolve habilidades para pensar e agir de forma critica e construtiva, segundo Nelly Stronquist este processo de avanço da mulher se dá através de cinco níveis de igualdade: bem-estar, acesso aos recursos, conscientização, participação e controle. No meu trabalho com grupos de mulheres vejo com admiração e interesse estes processos se desenvolvendo no cotidiano feminino mais existe um fator que deve ser considerado prioritário na busca do empoderamento feminino e é o empoderamento de nós mulheres como pessoas, refletir nosso processo de identidade, pertença e autoestima fazem parte deste desafio, desta maneira, assumindo nossa própria historia estaremos assumindo nosso agir, nossa conquistas e nosso papel como protagonistas no econômico, social e político.

Um comentário:

  1. Parabens Luz Marina como pscologa está s saindo uma otima redatora. sucessos mil
    bjs
    elza

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